Quem Somos

O que é a ASF?

A Associação Assistência Sem Fronteiras, (ASF) é uma organização sem fins lucrativos que realiza trabalhos voluntários de Assistência Social.

Doações

Distribuição de refeições, água, roupas, calçados e cobertores a moradores de rua e rações para cães e gatos.

Cesta Básica

Doação mensal de Cestas Básicas para moradores de comunidades carentes.

Educando no Lar

Programa Educando no Lar, ensino digital e personalizado, como complemento ao ensino fundamental de escola pública.

Conheça a história da Associação Assistência sem Fronteiras.

A vida da maioria dos brasileiros virou do avesso quando a pandemia do coronavírus chegou, em março de 2020. Para que o vírus não se propagasse, exceto os serviços essenciais, todas as outras atividades como comércio e entidades religiosas tiveram que fechar suas portas por ordem dos governos estaduais ou municipais. Na capital paulista não foi diferente. Dessa forma, o trabalho assistencial de uma tradicional casa espírita da zonal sul também teve de ser interrompido.

E assim começou...

Nessa casa espírita, pão e sopa eram oferecidos diariamente a famílias carentes e moradores em situação de rua. As portas eram abertas de segunda a segunda. Com a suspensão das atividades, as cerca de 150 pessoas atendidas começaram a passar fome, já que para a maioria delas aquela era a única refeição do dia.

Um grupo de trabalhadores da casa quis continuar a distribuição do alimento, tomando todos os cuidados protocolares impostos pelas autoridades. Mas foi proibido. Com todos os restaurantes e bares fechados, pessoas de todas as idades e condições de saúde ficaram sem comer por vários dias. Indignado com a situação desses irmãos, o trabalhador da casa espírita José Francisco Pereira decidiu dar seu jeito: cozinhar na casa dele para alimentar essas pessoas. “Fiquei sensibilizado com essa gente que não tinha onde conseguir comida. Como espírita e cristão, doía ver aquilo. Por isso, falei com meus amigos e decidimos nos mexer”.

Chiquinho, como é chamado na ASF, seu grupo de amigos tinham força de vontade, mas não a infraestrutura para cozinhar para tanta gente. Então, pediu dois fogões industriais emprestados para a casa espírita e dois caldeirões e assim, montou uma cozinha provisória no quintal de sua casa.

No primeiro dia, o grupo fez 250 lanches e saiu nas ruas para distribuir.

“As pessoas vinham correndo no desespero pegar aquele pão. Naquele momento percebi que o trabalho e a quantidade de pessoas atendidas tinham que aumentar”.

No segundo dia, Chiquinho voltou à casa espírita e pegou mais dois fogões, oito caldeirões, um freezer de um amigo e chamou mais pessoas para ajudar: na cozinha, na distribuição dos alimentos e em busca de doações. O trabalho ganhou corpo e volume. Para não ter aglomeração, os voluntários foram divididos em escalas. A casa de Chiquinho ficava aberta 24 horas por dia. “As pessoas apareciam às 7 horas da manhã até dez horas da noite pra entregar doações. Minha casa vivia cheia. Não existia privacidade”, relata, rindo.

As doações vinham de todas as formas...

Algumas pessoas davam dinheiro; outras levavam fardos de arroz, feijão, macarrão, água, verduras, legumes. Algumas pessoas doavam as embalagens da marmita e dos lanches; materiais de limpeza, de higiene, roupas, calçados e cobertores a quem precisasse. Doadores também traziam ração para gatos e cachorros, que costumam acompanhar moradores em situação de rua e carroceiros. Tudo ficava estocado no terraço.

Até setembro, a casa de Chiquinho recebia em média 30 trabalhadores por dia, que faziam cerca de mil refeições de segunda a segunda e beneficiavam 500 pessoas (cada pessoa recebe duas marmitas ou dois lanches). Garrafinhas de água acompanham as marmitas. Quando é dia de lanche a bebida é um suco.

Com as sobras das doações, a ASF começou a fazer cestas básicas e entregar para as famílias mais necessitadas. Começaram com 30 cestas. No início de 2021, este número saltou para 200 cestas.

Em outubro, o grupo percebeu que não dava mais para continuar com o trabalho no quintal da casa de Chiquinho. Ele tinha crescido mais do que esperavam. Assim, concordaram que era necessário encontrar um espaço maior, abrir um CNPJ, montar uma organização não-governamental e dar um nome a esse local. Então, alugaram um espaço na zona sul e nasceu a Assistência Sem Fronteiras formalmente.

Algumas fotos do nosso trabalho.